COMUNICADO SOBRE A MARCHA ANTIFASCISTA 2019, SÃO PAULO

A Marcha Antifascista 2019 foi coordenada pela Ação Antifascista São Paulo, junto com diversos coletivos e organizações populares: Antar. ARC, Bueiro Periférico. C16, DM16, FeminiVegan, FOB-SP, Mandela Free, Núcleo do Grajaú, OASL, P16, RASH, Rayo Proletário, Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio e RP-Sindical.

Foram 2 meses de reunião em que foram preparadas comissões de propaganda e agitação, segurança e trajeto. Foi discutido o tom da Marcha esse ano, em que somou-se ao acúmulo de anos anteriores (contra o genocídio, a repressão e corte de direitos) também uma pauta ambiental e anti-imperialista (‘nem entreguismo, nem imperialismo, pela autodeterminação dos povos da floresta’). Como sempre, fez-se a memória do confronto entre Integralistas e Antifascistas em 1934, chamada ‘A Revoada das Galinhas’, em que os Antifascistas saíram vitoriosos. No trajeto, saímos da Sé, passamos pela antiga sede dos Integralistas e terminamos no antigo DOPS (Luz).

Pela primeira vez em 3 anos, a Marcha conseguiu chegar ao fim do trajeto desejado sem repressão. Isso foi possível devido às reuniões e alinhamento dos coletivos, que entenderam o momento e decidiram por uma estética menos ‘hostil’ (sem cobrir o rosto) e fazer agitação com os trabalhadores da região através de jornais, panfletos e conversas; também tivemos a presença da Fanfarra Clandestina, que manteve ritmo.

Uma semana antes da Marcha, o perfil de Twitter do Bolsonaro e de outros quadros do PSL, compartilharam massivamente a Marcha incentivando a extrema direita ao confronto. Conseguimos uma concentração de 500 pessoas, que afastou a possibilidade de conflito junto à disciplina dos organizadores às deliberações das reuniões. A polícia esteve presente em peso, de forma hostil, coldre aberto e envelopando os manifestantes do começo ao fim, filmando e fotografando cada um presente.

Os cantos incentivaram os presentes, dando grande eco entre a população presente no centro de São Paulo, a união entre diversas organizações demonstrou-se de extrema importância no combate ao fascismo seja em sua forma clássica ou neoliberal.